Capítulo 22
48 Anos Depois
Nicholas Conta à História
“Sofri por você o resto de toda à minha vida. Quantas
noites passei em claro pensando como que eu consegui seguir minha vida sem
você. Até então para mim, você havia morrido.
Eu tinha perdido a melhor pessoa que já apareceu em
toda a minha vida, e mesmo me casando com Elliot, me senti completamente
sozinha, assim como você havia me alertado. Me perguntava o porquê de você ter
ido ser ter me dito adeus e aquilo doía cada vez mais em minha alma. Nunca
deixei de te amar, um minuto se quer. Toda minha vida foi dedicada à você e meu
filho se chama Nicholas por este motivo. Não quis saber o que Elliot dizia a
respeito, apenas foi assim que ele se chamou. Continuei uma vida de sofrimento
e dor até as últimas palavras que estou escrevendo agora, me desculpe, agora á
tarde demais para nós dois...pois Elliot acaba de me contar toda a verdade e
quando você estiver lendo isso já terei partido, pedi à Nicholas ler esta carta
à você quando você estivesse prestes à partir, assim como eu...pois assim....
não conviveria com a dor.
Agora poderemos ficar juntos meu amor. Por toda a
eternidade. Elliot fez isso pois sempre quis ver sua ruína, nunca gostei deste
homem e fui obrigada a casar com o mesmo. Não se culpe jamais por não ter
conseguido me salvar, de nenhuma maneira... nós não temos culpa se fizeram isto
para nós, não temos culpa se interromperam nosso destino por ódio e rancor.
Quero agora que venha para mim para vivermos nosso
amor para toda a eternidade, eu te amo e sempre te amei.
Com amor, Alice.”
Eu estava tão velho e à beira
da morte. Estava deitado em minha cama real com todos à minha volta, inclusive
Nicholas, filho de Alice. Minha mulher já havia falecido e quem se encontrava
lá eram meus filhos e netos. Mas eu não deixei, um dia se quer, de amar Alice
com todas as minhas forças. Eu estava velho demais mas consegui sentir minhas
lágrimas escorrerem, e o ódio que sentia por Elliot era maior que qualquer ódio
que já existiu. Mas à essas horas era tarde demais, Elliot já devia ter morrido
também.
O filho de Alice era lindo
demais e tinha os olhos da mãe. Ele me trouxe a sua filha que agora tinha doze
anos e pude ver Alice pequena. Ela era igualzinha à avó.
Agora eu poderia ir em paz.
Nosso destino havia sido desviado por ódio e rancor de uma pessoa sem coração.
Podia sentir minhas vistas escurecerem, e enfim, fui para os braços de Alice,
que com certeza, me esperava.
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