segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Capítulo 16...

E o resto das três semanas eu e Peter continuamos como os mesmos velhos inimigos da escola. Peter discordando de mim e eu tendo raiva dele.
E então chegou o tão esperado acampamento de verão. Todos estavam ansiosos para saber como e no que iriam trabalhar por essas semanas. Todos estavam aqui; Natan, Sam... e o Peter.
-Bom dia Senhorita Johnson.  – Ele me diz.
-Você vem me atrapalhar logo no primeiro dia? Não vê que estou ocupada demais para suas piadinhas?
-Vejo que não olhou a lista de afazeres.
-Ainda não sei com o que irei trabalhar, com licença. – Hanson estava dando uma risadinha. – O que foi?
-Acho melhor a Senhorita ir até lá o quanto antes. – Peter acaba saindo dali.
Curiosa para saber o porquê de todo aquele alvoroço, vou o mais rápido possível para a sala com a lista de afazeres para ver onde me colocaram desta vez.
Olhando toda a lista, desta vez no início da mesma tinha uma cláusula, que dizia:

“Bem Vindos ao Acampamento de verão!
Espero que gostem da estadia! Desta vez o acampamento de verão junto com as nossas escolas participantes estamos fazendo uma mudança referente aos anos passados. Desta vez vocês trabalharão em duplas!
Sua dupla e você servirão como escudos um para o outro e sendo assim, terão que estar juntos, toda hora, em qualquer lugar, enquanto estiverem fazendo suas atividades extracurriculares!
Obs.: Sua dupla também será escolhida por nós!”

E atrás da bendita cláusula meu trabalho com minha dupla:
“Dupla: Morgan Johnson e Peter Hanson
Trabalho:
Morgan Johnson: Supervisora de Peter Hanson.
Peter Hanson: Trabalhará no espaço Kids.
 Obs.: De uma em uma semana os trabalhos extracurriculares se inverterão nas próprias duplas.
Aproveitem!”

Eu não podia acreditar no que estava vendo naquele bendito papel. Por um momento tive vontade de ligar para meus pais e sumir daquele lugar, até que me lembrei que minhas notas dependeriam desse acampamento, dependeriam de Peter Hanson.


Capítulo 15...     

Estava descendo as escadas em frente à escola quando vejo Peter sentado em um dos degraus. O mais rápido que posso vou até ele.
-Vim te pedir desculpas. – Fico meio sem jeito.
-Não precisa pedir desculpas, você não teve culpa.
-Peter você me ajudou, devo uma à você.
-Foi um modo de pedir desculpas pela pegadinha do hospital.
-Você é maluco e eu sei disso, mas vim te agradecer de verdade pelo que aconteceu.
-Tudo bem Johnson, está tudo bem.
-Obrigada. – Fico sem graça.
-Nem acredito que a mimadinha está vindo me pedir desculpas. – Ele sorri sarcasticamente.
-Por favor, não se ache o maioral Peter.
-Eu sou o maioral. – Ele sorriu.
-Você não dá trégua não é mesmo?
-Jamais. – Ele piscou para mim.
-Bom, tenho que ir, tenho um projeto de acampamento para organizar.

-Boa sorte, te vejo lá.
Capítulo 14...
                  
-Me conte o que aconteceu Peter. – O diretor confiava muito em mim, assim como todos os professores, eu estava certo, todos sabiam, mas não podia ter estourado.
-Natan estava difamando Morgan por ai, dizendo que fez “coisas” com ela, se é que o Senhor me entende.
-Entendo meu filho, continue.
-E eu sei que é tudo mentira, pois quem à levou para casa fui eu.
-Entendo.
-Me desculpe Senhor Diretor, não queria desapontá-lo.
-Peter eu e todo o resto da escola estamos a seu favor, mas só lhe trouxe aqui pelo fato de você ter pego Natan pelo colarinho.
-Me desculpe, eu não poderia ouvir aquilo e ficar quieto. – Abaixo a cabeça.
-Está tudo bem, agora pode ir. – O diretor me abraça e me leva para fora.
-E você senhor Smith, venha comigo. – Natan entra na sala dele e eu vou embora.

Morgan Conta à História

-O que aconteceu aqui, Sam? – Pergunto à ela.
-Peter e Natan brigaram feio.
-O que aquele idiota fez agora?
-Peter não tem culpa Morgan! Ele está certo, você falou com Natan hoje?
-Sim, fui agradecê-lo por ter me levado para casa sábado à noite.
-Por favor Morgan, você não fez isso!
-O que houve, Sam? – Pergunto confusa.
-Não foi Natan que te levou para casa em segurança, e sim Peter. E por você ter agradecido à Natan, ele se aproveitou da situação para dizer que “passou a noite com você” e estava te difamando por ai. Peter não aceitou o fato de Natan estar fazendo uma coisa dessas e te protegeu. Você fez de herói o cara errado.
-Meu Deus...como eu fiz isso... – Entrei em choque.
-Seu ódio por Peter é tão grande que você não percebe.
-Preciso falar com ele.


Capítulo 13...

Eu já estava na escola, então hoje prometi a mim mesma que iria agradecer a Natan pelo ocorrido na noite passada. Vejo Peter passar de relance algumas vezes, mas nada como de todo dia.

-Natan! – Avisto-o vindo ao corredor.
-Olá Morgan.
-Quero te agradecer.
-Pelo que Morgan? – Ele parecia confuso.
-Por ter me levado para casa sábado à noite.
-Ah... – Ele passa a mão sobre sua cabeça – Não precisa agradecer.
-Sabe, eu estava muito bêbada, não me lembro de quase nada, desculpe.
-Sem problemas Morgan, foi o mínimo que eu poderia fazer.
-Bom, até mais então. – Beijo sua bochecha.
-Até mais.

Peter Conta à História

Achei estranho o fato de Morgan não ter vindo nem me agradecer pelo que eu havia feito, mas talvez ela estava brava demais para se redimir.
No intervalo ouço umas conversas estranhas pelos corredores dizendo que Natan havia levado Morgan para casa, vou direto falar com Jacke.

-O que está acontecendo? – Pergunto a Jacke.
-Natan levou a Morgan para casa, e....você sabe não é mesmo, o que aconteceu.
-Eu não acredito que ele está espalhando isso por ai. – Começo a me encher de raiva.
-Se acalme Peter, está tudo bem.
-Não está! Natan é um mentiroso! Não acredito que está dizendo uma coisa dessas. – Saio o mais rápido dali para ir atrás de Natan.
Quando me deparo Natan está no meio de uma roda de garotos contando à eles o que “havia acontecido na noite de sábado”.
Eu nem quis saber com quem ele estava, eu apenas tomado pela raiva tirei Natan dali pelo colarinho e o prensei na parede.
-Quem você acha que é para falar uma coisa dessas seu covarde? – Todos pediam para eu parar, mas eu apenas não os ouvia.
-Peter... – Ele falava com a voz falhada.
-Eu acho melhor você parar de falar o que você está falando por ai – Prensei mais ainda Natan na parede – E acho melhor ainda você fiar longe da Morgan, está entendendo? – Natan ficou quieto – Está entendendo? – Grito. – Pare de difamar a Morgan, fique longe, mas bem longe dela, se eu souber que você contou essa mentira para mais alguém a coisa vai ficar bem feia.
-Peter, pare! – Jacke falava.

-Senhor Hanson, Senhor Smith, agora para minha sala. – O diretor acaba levando-nos para aquela bendita sala mais uma vez.
Capítulo 12...
Morgan Conta à História

Confesso que estava muito confusa quando acordei de manhã. Eu estava com meu vestido, coberta, em casa. Por um momento fiquei observando o quarto e quando levantei uma dor de cabeça muito forte começo a atacar, sim, era a famosa ressaca.
Não acredito que tinha bebido por causa daquele idiota do Peter. Mas meu alvo agora não era ele, e sim, como cheguei aqui. A última coisa que me lembro era que estava conversando com Natan e comecei a beber, então com certeza ele deve ter me trazido para casa. Isso foi muito gentil da parte dele já que não era da conta dele eu estar fazendo aquilo.
Tomo um longo banho para ver se essa dor de cabeça exagerada passava. Coloco uma roupa simples, aquelas para ficar em casa, e tomo muito café para tentar melhorar.
Vou até minha varanda e fico observando a rua enquanto tomava mais uma xícara de café bem forte.
Eu odiava o fato de sempre pensar em Peter mesmo não querendo pensar ele e muito menos pensar no que ele estava fazendo agora, mas infelizmente e inexplicavelmente eu não sabia o por que eu pensava naquele ogro, cafajeste, patético.
Mas não pude deixar de relembrar os olhares que nós dois trocamos e o quanto ele estava lindo naquela noite. É uma pena nossas almas não conseguirem entrar em um consenso.
Meus pais vem até mim, já que haviam acordado para almoçar. Eu desço com eles até a cozinha e passamos o resto do domingo juntos. Joguei tênis com meu paia tarde para tentar esquecer um pouco o que aconteceu.

Na parte da noite estudei quase a noite toda para as aulas de amanhã, então acabei pegando no sono.
Capítulo 11...
Peter conta a história

Me disperso um pouco de Morgan por mais ou menos uma hora e quando me dou conta ela não estava mais ali. Precisava encontra-la, ela não estava nada bem.
Mais que rápido deixo aquela garota de lado e vou de encontro a ela. Não encontro-a em lugar nenhum e aquilo começa a me preocupar. Será que Natan estava levando-a para algum lugar?
Procuro em todos os cômodos da casa e nada de Natan nem de Morgan.
Vou até o jardim e lá, encontro Morgan sentada com um copo na mão, ela não estava tomando-o, e sim girando-o de um lado para o outro cabisbaixa.
-Morgan.
-O que é Peter? – Ela diz em meio à escuridão da noite.
-Você está bem?
-Eu te odeio Peter. – Ela estava bem bêbada naquele momento.
-Por que?
-Você pagou o médico para fazer uma pegadinha comigo, agora pouco estava lá com uma garota qualquer se esfregando em você. – Ela dizia com uma voz confusa, não estava nada sóbria.
-Isso não é hora de discutirmos nada Morgan, venha, vou te levar para casa.
-Não vou a lugar nenhum com você! – Ela se esquiva de mim.
-Morgan você não está bem, precisa de um banho, precisa dormir.
-Eu estou bem Hanson, saía daqui.
-Você precisa de ajuda, venha, eu vou te ajudar.
-Obrigada. – Ela nem sabia o que dizia.
Pego Morgan e à levo até meu carro e de lá vamos até sua casa.
Vejo Morgan cochilando no banco do passageiro, sua maquiagem já estava na pior, juntamente com seu cabelo, mas mesmo assim, aquela garota conseguia continuar sendo perfeita.
-Peter eu preciso dormir. – Ela dizia bêbada.
-Daqui alguns minutos você estará em casa.
-Meus pais não estão em casa, eu estou sozinha, preciso dormir. – Ela repetia aquela frase.
Estava uma linda noite estrelada, sempre fui o tipo de cara que aprecia uma bela noite, do que uma linda manhã. Meu carro estava a setenta por hora, já que não queria fazer um estrago com a filha do prefeito ao meu lado.
Enfim depois de um tempinho dirigindo chegamos até sua casa. Morgan estava em um sono profundo e as chaves de sua casa estavam em sua mão.

Vou até sua casa, abro as portas e logo depois volto. Pego Morgan em meu colo e levo-a até sua cama. Lá cubro-a e depois vou embora. Certifico que a casa está fechada e depois jogo a chave pelo vão debaixo da porta, ela estava bem e segura.
Capítulo 10...

-Morgan, você está bem? – Natan falava para mim.
-Estou, Natan! Está tudo bem. – Eu olhava fixamente para Peter e sua garota.
-Você não parece muito bem.
-É, acho que não estou. Não sei o que está acontecendo.
-Você pode ter bebido demais.
-É, eu acabei bebendo demais, desculpe Natan, não sou assim.
-É por causa do Peter?
-Peter? Ele é um idiota.
-Mas é por causa dele que está bebendo? – Neste momento fiquei refletindo no que estava fazendo.
-Não! Jamais. Peter não merece uma gota deste copo.
-Então, tudo bem.
-Venha Natan, vamos dançar, o que acha?
-Claro, vamos.
Natan me acompanha até o centro da pista e começo a dançar com ele enquanto percebia que Peter estava me olhando.

Peter Conta à História

Droga, acho mesmo que Natan tinha dado sorte com Morgan. Se eu quisesse já teria beijado aquela menina que estava aqui comigo à uns cinco minutos, mas esse era o problema, eu não queria.
Morgan tinha bebido um pouco mais que o normal, na verdade, ela nunca tinha bebido antes e eu ainda não entendo o motivo pelo qual ela tinha feito aquilo. O fato era que, ela não parava de olhar para mim e eu não parava de olhar para ela. Talvez Natan tenha contado a pegadinha que tinha feito com ela e por esse motivo ela queria me matar, Morgan não aceita brincadeiras.
Foi naquela hora que ela começou a dançar de um jeito tão maravilhoso, algo que ela nunca tinha feito antes. Ela cantava, dançava e Natan cada vez mais sorria para ela; aquele cafajeste medíocre, filhinho de papai.

Morgan Conta à História

-Morgan, tenho que ir embora. – Natan diz.
-Tudo bem Natan, boa noite.
-Nos vemos na escola pode ser? – Natan pergunta.
-Claro. – Minto.
-Até mais – Natan me dá um forte abraço e eu desfaço-o mais que rápido.


Capítulo 9...

Confesso que aquilo tinha sido uma péssima ideia. Natan ficou conversando com Morgan por horas e eu permaneci sentado no sofá apenas olhando para os dois. Não...Morgan não iria ficar com ele, ela iludiria o pobre garoto e logo depois faria com ele o que faz com todos os outros.
-Por que está olhando para ela Peter? Vá atrás de alguma garota. – Jacke, meu melhor amigo me dá um grande conselho.
-Eu não estou olhando para ela, estou olhando para Natan, eu que disse para ele ir até lá, quero ver como ele está se saindo.
-Peter, olha só quantas garotas estão aqui hoje. Você sabe que nem precisa de muito para fazê-las virem até você.
-Irei fazer isso agora. – Me levanto e vou até a primeira garota que vejo.

Morgan Conta à História

Aquela conversa com Natan estava tão chata que eu tinha uma vontade imensa de sair correndo dali. Mas por outro lado, percebi que Peter estava nos olhando então fiz de tudo para que ele percebesse que eu estava adorando estar ali com Natan.
De repente vejo Peter levantar, agora o cafajeste nível máximo estava indo procurar sua mais nova presa.
Confesso, a garota era muito bonita e logo caiu fácil no papo de Peter, acabei não dando mais à atenção para Natan e agora só observava Peter e sua nova garota da noite.
-Peter me disse que pagou o Doutor hoje para ele dizer que estava com o braço enfaixado só para fazer uma brincadeira com você. – Na hora que Natan diz isso eu presto à atenção.
-Isso é verdade? – Digo indignada.
-É sim Morgan, Peter gosta de pregar peças.
-Eu odeio ele. – Vejo ele se aproximar mais de sua presa e quando vejo aquilo começo a pegar todos os copos de bebida que passavam e me embebedar, nunca tinha feito isso antes.


Capítulo 8...
             
A festa estava lotada de pessoas. Nunca fui o tipo de garota que gostava de beber. Apenas sempre fique na minha dançando e conversando com meus amigos a noite toda, e isso já fazia minha noite ser maravilhosa.
A música estava muito alta e quase nem dava para escutarmos uns aos outros. Catherine sempre alugava um DJ para suas festas o que fazia com que ela ficasse mais animada que todas as outras festas já dadas.
Estava dançando a música que estava tocando no centro da pista quando vejo alguém entrar, e esse alguém mais uma vez era Peter Hanson. Peter usava uma camisa vinho colada ao seu corpo com alguns botões abertos, ela estava dobrada até o seu cotovelo. Completava o look com uma calça jeans escura e sapatos sócias, o que fazia-o mais bonito do que já era.
Até que começo a sair de meu transe e percebo que ele não estava mais usando a tala que o médico havia mandado Peter usar, aquilo me irritou completamente. Fingi não ligar e voltei a dançar.

Peter Conta à História

Morgan sempre chamava a atenção de todos os caras da festa com aquele seu vestido apertado que delineava as curvas de seu corpo. Enquanto ela dançava, podia-se notar que todos os garotos da festa olhavam para ela e isso fazia ela ser o centro das atenções. Mas eram poucos, muito poucos, que iriam falar com ela. Eles não tinham coragem suficiente para falar com ela já que além de maravilhosa, ela era a filha do prefeito, sendo assim, um alvo difícil de ser atingido.
Notei que ela olhava para mim e eu não podia me rebaixar ao seu nível, então só olhava para ela quando ela estava distraída com algo. Notei que Natan, meu amigo que sempre usava aquelas roupas de cara comportado, olhava para ela sem parar, e foi ai que tive uma ideia.
-O que acha de chegar até ela? – Sento ao seu lado.
-Peter ela nunca irá se quer olhar para mim. Olha só para ela, ela é incrível. – Foi naquela hora que olhei para ela e ela soltou uma gargalhada alta que fazia suas covinhas aparecerem e a sua imagem ficou em câmera lenta na minha cabeça. Ela olha para mim, fecha seu sorriso e volta a dançar.
-Você nunca saberá se não tentar Natan.
-Você acha que devo ir?
-Com certeza, tenho certeza que ela irá gostar do seu tipo.
-Vou tentar então.
-Vai lá, não perca essa chance.


Capítulo 7...
                       
Peter não saía daquela bendita sala enquanto eu o esperava na sala de espera. Logo vejo ele e o Doutor vindo em minha direção, Peter estava com o braço enfaixado.
-Morgan? – O Doutor pergunta.
-Sim.
-Seu namorado está bem. – Nesta hora olho confusa para Peter e ele ri. – Ele apenas torceu o braço e terá que ficar com ele enfaixado por apenas dois dias, ainda bem que foi algo leve.
-Obrigada Doutor.
-Ele me disse que você estava ajudando-o, ainda bem que nada de ruim aconteceu com você.
-É....concordo – Olho brava para Peter.
-Até mais, boa sorte. – O Doutor sai dali.
-Peter você é maluco? – Grito com ele.
-Estou machucado, cuidado.
-Você não está, nada! Foram apenas machucados leves seu idiota! Por que disse que namorávamos?
-Não poderia perder a chance de uma garota linda como essas ser chamada de minha namorada.
-Peter, eu te odeio! Tome cuidado ou acabo quebrando seu braço!
-Vai dizer que não gostou? – Nesta hora os pais de Peter chegam.
-Peter! Morgan? O que faz aqui querida? – A mãe de Peter pergunta.
-É uma longa história. – Olho meio desajeitada para os dois.
-Você trouxe Peter até aqui? – O pai de Peter pergunta.
-Sim, ele estava bem machucado.
-Obrigado por isso.
-Disponha!
-Venha, te levamos para casa.
No caminho até o carro, os pais de Peter estavam mais a frente, Peter chega até mim.
-O que aconteceu agora? – Pergunto.
-Eu não estava tão machucado.
-Você o que? Peter! – Digo à ele querendo estrangulá-lo.
-Queria ver como dirigia meu carro.
-Você só pode estar de brincadeira.
-Não estou. – Ele sorri.
-Você é patético. Eu te odeio Peter Hanson.
-Você não me odeia. – Peter me manda uma piscada e entra no carro.

Voltamos para casa e lá me despeço dos pais de Peter e também do patético de Peter Hanson.
Volto a meus afazeres nada legais até que Sam me liga:

“–Alô?
-Morgan?
-Olá, Sam.
-Vai ter uma festa hoje na casa da Catherine.
-Sério? Que horas?
-As sete.
-Pode confirmar.
-Eu passo ai e vamos juntas.
-Okay Sam, até mais.
-Beijos.”

Ainda bem que agora tinha algo mais legal a se fazer.
Depois de ficar a tarde inteira lendo os livros propostos pelo nosso professor de português eu resolvo ir me arrumar para à festa, já que a noite seria bem interessante.
Já havia ligado para meus pais que chegariam só pela madrugada, assim como eu.
Tomo um longo banho e volto ao meu quarto para escolher uma roupa que se adapte com a festa. Abro o meu guarda-roupas e fico o observando por alguns minutos. Talvez o vermelho seria perfeito para a ocasião. Suas alças caiam nos ombros e sua renda completava o vestido até um pouco acima do joelho. Junto com ele coloco minha sandália prateada com um salto.

Sento em frente à minha penteadeira e começo a escovar meus cabelos. Eles eram longos demais e levava um tempo para deixá-los pronto. Termino meu penteado com uma fivela de brilho segurando minha franja na lateral. Passo meu típico batom vermelho e delineio os meus olhos. Até que não estava nada mal.
Capítulo 6...
Sábado, 16 de Novembro.
                      

Era mais uma manhã quente de sábado. Tomo meu café sozinha, já que meus pais saíram enquanto eu ainda estava dormindo e não tinha ideia de quando eles voltariam.
Arrumo minhas tarefas escolares em meu quarto. Até que escuto um barulho vindo lá de fora. Vou até a varanda do meu quarto e vejo que a casa que estava à venda a muito tempo havia sido comprada.
Estava um barulho enlouquecedor vindo daquele lugar. Deveriam ser reformas que os novos vizinhos estavam fazendo.
Vejo alguém em cima do telhado, mas o Sol estava muito forte e não dava para saber o que aquela pessoa estava fazendo ali.
Fiquei observando aquela mesma pessoa por muito tempo, parecia estar sozinha, igual eu.
Me distraio com a paisagem e acabo entrando em transe. Quando de repente sou assustada por um barulho muito forte, aquela pessoa havia caído do telhado.
-Oh meu Deus! – Eu grito da sacada.
Saio correndo de casa e atravesso a rua até aquela pessoa que estava estirada no chão reclamando de dor.
-Você está... – E quando meu dou conta de quem era fico em choque.
-Morgan? – Peter, isto mesmo. Ele me chamou em meio a sua voz de dor.
-Peter, o que você está fazendo aqui? – Ele segurava forte seu braço direito que estava machucado, eu me ajoelho ao seu lado.
-Eu estava arrumando algumas telhas no telhado e então... – Peter geme de dor – Escorreguei.
-Peter você é maluco!
-Acho que estou...bem.
-Não você não está! Precisa ir já para o hospital, seus pais estão ai?
-Não, estou sozinho.
-Okay, eu te levo ao hospital.
-Você, sabe dirigir?
-Mesmo arruinado no chão você ainda gosta de fazer piadinhas Peter.
-A chave do meu carro está em cima do balcão da cozinha.
Vou até a casa de Peter já que o mesmo se encontrava estirado no jardim de entrada. Pego as chaves do carro dele e vou até a garagem. Quando de repente me deparo com um Porche preto na garagem. Olho meio assustada e com medo de ter de dirigir um carro daqueles, mas Peter...sim, Peter Hanson, precisava de mim.
-Vamos. – Saio do carro e ajudo Peter até ele se acomodar no carro.
-Tenha cuidado com o carro.
-Cale a sua boca Peter. – Dizia nervosa e ele tenta dar uma risadinha.
-Nunca pensei que precisaria de você. – Eu dirigia muito rápido o carro para chegar logo ao hospital.
-Nunca diga nunca.
-Como... – Peter geme de dor e segura seu braço – Você me viu cair? – Não poderia dizer que estava o observando.
-Eu ouvi um barulho muito alto e fui ver o que era.
-Eu sou um pouco desastrado as vezes.

-Percebi.
Capítulo 5...
Morgan Conta à História
               
Fui em direção a Sam que estava entre o pessoal do grupo de apoio à escola. Nós que sempre organizávamos todos os eventos futuros, inclusive o próximo, seria a ida ao acampamento no qual Peter tinha citado. Eu estava extremamente ansiosa para ter alguns dias da paz naquele lugar, onde ninguém saberia quem eu era... seria apenas eu, o ar livre e todo o acampamento para aprimorar meus conhecimentos.
Teríamos que exercer tarefas extracurriculares no local, onde assim ganharíamos notas que serviriam como notas para o último bimestre.
-Como foi com Peter? – Sam cochicha perto de mim.
-Não foi e nunca será nada demais conversar com aquele garoto patético.
-Seu ódio por ele é muito grande Morgan. – Sam dá uma risadinha.
-É apenas recíproco.
-Então eu espero que todos estejam cientes do que acontecerá em todo o acampamento e como funcionará os pontos acumulados. Vocês apenas farão as tarefas até a meio dia, como se estivessem na escola. Logo depois, o acampamento é todo de vocês. – A coordenadora do grupo de apoio à escola explicava tudo certinho. – Vou espalhar alguns cartazes pela escola, vejo vocês lá.
Eu e Sam nos dirigíamos até a saída pelo corredor principal:
-Sabe, quero só ver aquelas pessoas que não ligam para nada fazerem algum tipo de atividades extracurriculares. – Sam dizia.
-Isso é o que mais teremos, inclusive o grupo do Peter.
-Por que você odeia tanto ele Morgan?
-Eu não sei, ele é tão metido e orgulhoso que me faz ter um certo ódio dele, me faz querer manter distância.
-Vejo o jeito que olha para ele. – Sam abre um sorriso sarcástico.
-Não e não Sam. Não posso negar, ele é bonito, mas não passa de um cafajeste.
-Então você confessa que Peter Hanson é bonito?
-E não é? – Tento não olhar para a cara que Sam estava fazendo agora.
-Descobri.
-O que, Sam? – Pergunto.
-Você gosta do Peter.
-Eu o que? Sam, pare de ser patética.
-Estou apenas sendo realista.
-Nunca que eu gostaria de um cara tão ridículo quanto Peter Hanson, entenda, a única coisa que ele possui é beleza, somente.
-Irei fingir que acredito.
-Morgan! – Meu motorista acena para mim.
-Tenho que ir, agora.
-Até mais, Senhorita Hanson. – Sam diz.
-Por favor não faça deste apelido oficial.
-Vá logo, ou irá perder sua carona.
Entro no carro e cumprimento o Senhor Clark, meu motorista particular.
-Como foi a aula, mocinha?
-Posso dizer que igual a de ontem. – Rimos.
-Pelo menos hoje é sexta-feira, amanhã não será igual à hoje.
-Ainda bem.


Capítulo 4...

-Ele me irrita de uma maneira inimaginável Sam. – Dizia à ela enquanto colocava meus livros em meu armário de uma maneira muito bruta.
-Sabe Morgan, seus livros não tem culpa de Peter ser um completo idiota.
-Ele é insuportável, sempre que pode quer discordar de mim.
-Ele é maravilhoso. – Sam interrompe sua fala e olha para Peter vindo ao corredor.
-Esse garoto não tem nada demais. – Volto a colocar brutalmente meus livros no armário.
-Bom dia Morgan, Sam. – Ele era um cafajeste assumido e Sam caía na dele.
-Olá Peter. Bom Morgan, te encontro no grupo de apoio à escola daqui alguns minutos. – E Sam me deixa sozinha com aquele ogro.
-O que acha da viagem ao acampamento este ano Morgan? – Não acredito que ele queria puxar assunto.
-Não devo satisfações ao que vou fazer para você Peter.
-Meus pais disseram que você está ansiosa para o passeio. – Por favor diga que não irá.
-Sim eu estou, é um aprimoramento muito importante para nossas notas e também para nosso conhecimento.
-Não precisa gastar seu conhecimento de palavras comigo.
-Me pergunto por que não puxou aos seus pais Peter.
-Meus pais são chatos ambiciosos, eu apenas vivo a minha vida enquanto posso.
-Boa sorte.
-Até mais senhorita Johnson.
É inevitável não olhar enquanto Peter ia embora, arrumando seu cabelo e sua jaqueta até o chiclete que ele mascava era completamente sexy.

Peter Conta à História

Adorava o jeito que Morgan me evitava; aquilo fazia com que eu quisesse cada vez mais chegar perto dela.
Aqueles seus olhos verdes que sempre desviavam de mim me faziam cada vez mais querer irritá-la, só para poder vê-los revirar novamente.
-Peter! – Ouço alguém me chamando ao corredor.
-Treinador, como vai? – Era o treinador do time de futebol.
-Preciso de sua ajuda.
-O que houve?
-Dois novos jogadores estão precisando de uma ajudinha com os treinos novos.
-Pode deixar que resolvo este problema.
-Sabia que poderia contar contigo. – O Treinador dá um tapinha em minhas costas e vai até a coordenação.


Capítulo 3...

Aquele relógio pendurado na parede em cima do professor fazia tudo ficar mais entediante, já que as horas não passavam.
Eu olhava para os lados e só conseguia ver todos meus amigos em um longo sono matinal. Olhando um pouco mais para o fundo via Peter Hanson escrevendo algo em seu caderno enquanto abria um leve sorriso maroto. Peter acaba percebendo que o observava e logo olha disfarçadamente para mim e sorri, eu desvio o olhar e volto a contar os minutos para ir embora.

Peter Conta a História...

Notei o jeito que Morgan olhava para mim, tinha a plena certeza que ela não conseguia parar e me evitar. Não nego que olhar para ela era até que uma ótima visão, mas estava mais ocupado com meus rabiscos no caderno.
-Mas então classe, qual a conclusão de vocês sobre a Revolução Francesa? – A Senhora Roberts, professora de história faz essa pergunta a toda classe, logo vejo Morgan levantar seu braço; largo meus rabiscos.
-Eu acho que a Revolução foi algo bom para toda a América, já que a maioria da mesma foi toda voltada para a América. – Sempre gostei de discordar com Morgan; levanto meu braço.
-Senhor Hanson – Morgan logo olha com uma cara feia para mim.
-Sabe Senhora Roberts – Tento ser o mais implicante possível com Morgan – Acho que a Revolução Francesa tem grandes pontos negativos.
-Mas por... – A Senhora Roberts interrompe Morgan.
-Deixe ele explicar Senhorita Johnson. – Olho para ela com um sorriso sarcástico.
-A Revolução não mudou de forma satisfatória a parte mais pobre da França, e o poder continuou sendo da elite. – Podia ouvir os cochichos das pessoas concordando comigo.
-Concordo contigo Senhor Hanson. – Olho para Morgan dou-a uma piscada, ela olha para frente.