sexta-feira, 4 de dezembro de 2015
segunda-feira, 7 de setembro de 2015
Capítulo 14
Minha recuperação graças a Deus foi um sucesso.
Italo me acompanhava todos os dias em minhas consultas até o ultimo dia, quando
ele resolve me levar para tomar um café.
-O que vai querer?- Ele pergunta
-Chocolate quente?
-Claro, dois chocolates quentes por favor
-Desde quando toma chocolate quente?
-Desde que me apaixonei por uma menina ai...
-Menina ai?
-Daisy, namora comigo?
-Mas ja não estavamos fazendo isso meu amor?
-Sim, mas eu acho que um pedido no hospital não é
uma coisa muito legal né
-Entendi, claro que sim amorzinho!
Italo me beija, e foi o melhor beijo de todos, e
olha que eles não são nada ruins.
-E foi assim que Italo me pediu em namoro vovó-
Estavamos sentados no túmulo da minha avó com as margaridas dela
-Acho que ela ficaria feliz em saber que estamos
juntos não acha?- Italo pergunta
-Claro que sim, a vovó acompanha essa história
des do começo
-Eu te amo - Digo a Italo
-Vou te proteger enquanto puder
-Promete?
-Eu prometo - Ele beija minha mão - Eu te amo
Fim.
Capítulo 13
Coloco a cadeira do lado da cama, pego em sua mão
ainda um pouco gelada
-Sua vó não ia gostar nada de te ver aqui sabia?
Eu coloquei flores para você todos esses dias la no túmulo de sua vó, ja que
você não pode fazer isso. Posso te explicar agora o porque não pude ficar com
você...Seu pai é um dos devedores de meu pai, meu pai e seu pai são inimigos,
foi um dos capangas de meu pai que mataram sua vó, são os capangas de meu pai
que correm atras de você, nós não poderiamos ficar juntos por esse motivo, pois
eles nunca iriam entender que nos amamos e que não ligamos se eles querem se
matar entre si, apenas nós dois é o que importa. Não pude ficar com você por
causa disso, eu entendo agora que sua vida é identica a minha, e por esse
motivo também não pude ficar com você, meu pai nunca aceitaria eu estar com
você e seu pai também não.Mas eu te amo Daisy, todo esse mês que você passou
sem mim, na verdade você não estava sem mim, eu te acompanhei até a sua casa
todos os dias e via você entrar para ver se estava segura, eu via o quanto você
falava de mim enquanto chorava no túmulo de sua vó, eu vi o quanto você sentiu
a minha falta e o quanto você é uma menina incrivel e isso só me machucava cada
vez mais, pois sabia que eu não podia te ter só pra mim. Não culpe seu pai por
isso, ele apenas quer te proteger, ele nunca fez nada disso para o seu mal, ele
apenas está protegendo a filha que ele tanto ama, e que eu amo também, e mesmo
que todos achem que eu estar com você é errado eu vou permanecer aqui, para
sempre se for preciso, e você vai voltar, você vai voltar a sorrir para mim,vai
voltar a me amar, eu sei que vai,pois o amor de sua familia por você é muito
grande e o meu também é, eu te amo Daisy.
Abaixo minha cabeça para enxugar a lagrima que
estava escorrendo em meus olhos quando eu escuto uma voz meio falhada dizendo:
-Ita..lo?
Logo levanto a minha cabeça e era a Daisy, ela
havia abrido os olhos e falado comigo
-Daisy!Você está bem, vai ficar tudo bem
-Italo onde eu estou?
-É uma longa historia, mas eu vou te contar todos
os detalhes
-Tu..do bem- Sua voz falhava novamente
-Vou chamar a enfermeira
(Daisy
conta a historia)
Por mais incrivel que pareça eu havia ouvido o
que Italo havia me falado, foi lindo. Eu sentia minhas pernas ainda doloridas e
minha voz ainda estava bem fraca e falhada. Não acredito que mesmo com tudo
isso que Italo me disse ele ainda ficou do meu lado, e vai ficar.
-Daisy, você esta bem?- A efermeira pergunta,
Italo estava ao lado dela
-Es..tou sim
-Sua voz ainda está falhada mas isso é
completamente normal viu?Você vai ter que permanecer em repouso, mas Italo vai
ficar aqui com você.
-Ok.
A enfermeira vai embora.
-Quer dizer que você já esta bem Daisy
-Sim, estou, mas tenho que continuar com esses
tubos aqui
-Sim, mas eles são para o seu bem, não seja
teimosa
-Tudo bem- Sorrio
-Você não sabe como eu senti falta desse seu
sorriso
-Eu sei sim, você me ama
-Desde quando está acordada?
-Desde que você começou a falar que a minha vó
não ia gostar de me ver assim
-Você ouviu tudo que eu disse?
-Todos os capitulos
Italo ri.
-E o que você acha de tudo isso?- Italo pergunta
-Eu te amo Italo
-Você deve estar meio dopada- Italo ri
-Não eu não estou
-Então eu devo estar surdo
-Italo você está mil vezes melhor que eu, por
favor
-E você aceita que eu fique com você?
-Eu aceito que você namore comigo e que não me
deixe mais
-Seu pai não iria aceitar esse tipo de coisa
Daisy
-Quem disse?- Meu pai aparece
-Robert- Italo diz
-Italo eu tenho só que agradecer a você e depois
dizer que não foi só a Daisy que ouviu tudo mas eu também ouvi, e quero que
você faça ela feliz, apenas isso, deixe que seu pai e eu nos entendemos, nós
não vamos fazer mal para nenhum de nossos filhos.
-Robert eu não sei o que dizer, fico muito grato
por você deixar que Daisy e eu possamos ficar juntos.
-Nunca imaginei isso, mas ja que aconteceu, eu
sei que você não vai machuca-la.
-Claro que não, nunca
-Ela ja sabia disso- Meu pai diz
Capítulo 12
(Italo
conta a historia)
-Daisy!!!- Grito enquanto estava ajoelhado ao
lado dela- Daisy me responde- Gritava e chorava ao mesmo tempo
Alguns minutos depois a ambulância chega e a leva
para o hospital, e lá, lá na sala de espera eu fico, esperando algum resultado
mas nada, fico andando de um lado para outro, mas nada, nenhum medico ou
enfermeira me dizia algo se quer.
-Italo?
-Sim, sou eu, e a Daisy, está bem?
-Italo acho melhor você entrar no quarto onde ela
se encontra.
-Não se vá..
Era as ultimas palavras que eu dizia antes de uma
ultima lágrima escorrer dos meus olhos, como pude deixar fazerem isso com você
me diz?Você não pode me deixar... volta pra mim Daisy...antes que não de mais
tempo de te dizer, suas mãos já estão geladas.. não diga que você vai partir
agora, por favor..
Era difícil segurar sua mão e não chorar Daisy,
elas estavam tão frias, seu rosto parecia estar em um sono profundo, não me
deixe Daisy.
-Italo, você pode vir aqui um pouco?- A
enfermeira diz
-Não posso deixar ela aqui
-Italo um momento, voce precisa deixar ela se
recuperar
-Tudo bem
Ela me leva para fora do quarto
-Italo Daisy vai ficar em coma
-Como assim? Não pode ser
-A pancada na sua cabeça foi muito forte, afetou
alguns lugares e consequentemente isso aconteceu
-Ela pode voltar?
-Ela pode tanto voltar como morrer Italo
Começo a chorar
-Vocês não vão fazer isso! Ela vai viver você
esta entendendo? Faça ela viver!- Gritava com a enfermeira enquanto chorava
-Italo vamos fazer o que puder para ela voltar
-Ela vai voltar!
-Italo se acalme
-Não tem como me acalmar, ela é minha!, ela não
pode morrer você esta entendendo?
-Italo acho melhor você sair daqui
-Eu não vou a lugar nenhum! Eu vou ficar aqui!
-Tudo bem então, por favor apenas se acalme- Ela
vai embora
Estava chorando sentado no chão do corredor em
frente ao quarto de Daisy, logo seu pai e sua mãe chegam desesperados e
perguntar a enfermeira:
-O que aconteceu?
Logo eu me ligo e levanto de la, vou junto a eles
-Ela sofreu um acidente, Daisy está em coma
Robert se vira para mim e diz:
-Você estava com ela?
-Eu chamei a ambulancia
-Italo, isso não é sua culpa não é?
-Não não é, eu nunca machucaria a Daisy
-Enfermeira Italo vai poder entrar para ver a
Daisy, mas em horarios diferentes do nosso tudo bem?
-Porque isso?-Pergunto
-É melhor, agradeça que não estou lhe proibindo
de ve-la
Eles entram e fecham a porta na minha cara, fico
vendo ela com eles pelo vidro do lado de fora.
A visita dura pouco tempo, logo eles saem
-Ela esta bem?
-Ela vai ficar- A mãe dela diz
-Italo eu só quero que você não a machuque, se
você a machucar, eu machuco você!- Robert diz
-Tudo bem
E eles acabam indo embora.
Acompanhei Daisy uma semana inteira do coma,
estava lá com ela todas as noites, mas ela nem se movia, parecia que estava em
um sono profundo, tão linda.
Capítulo 11
A vida por aqui era tão sem graça e voltou a ser
como antes, eu procurava Italo todos os dias desse um mês aqui sozinha, mas
nada, nenhum lugar ele estava, nenhum telefone ele atendia, nenhum bilhete e
nenhuma carta eram deixados em minha casa. Esse um mês foi um mês como todos os
outros, faculdade, túmulo da vovó, casa. Não podia ficar muito na rua, era
perigoso, podia acabar sendo enterrada ao lado de minha vó por causa do meu
pai.
-Daisy, você pode me ajudar com esses exercícios
aqui por favor?- Uma colega de classe me pergunta
-Claro
Porque tudo era tão monótono?
Saio da faculdade e vou na floricultura comprar
margaridas para colocar no túmulo da vovó, elas estavam tão lindas e cheirosas,
ela iria adorar.
Chegando no túmulo de minha avó, vejo um buquê de
rosas vermelhas deixado lá recentemente, pois ainda estavam frescas, juntamente
com um bilhete. Fiquei muito curiosa para saber que diabos que era aquele
bilhete que estava ali, então deixo minhas margaridas em cima do túmulo e pego
o bilhete que dizia:
“ Daisy,
Eu sei que todos os dias você vem aqui, então, por isso, acabei
deixando essa carta aqui, porque também sei que você é muito curiosa e abriria
ela sem pensar duas vezes. Estou aqui te escrevendo porque sinto sua falta
Daisy, sinto falta de pequenos momentos que tivemos que foram os melhores que
alguém poderia ter. Quero te pedir perdão, mas não posso ficar com você, é
muito perigoso Daisy, você não pode me ver, por mais que queira e por mais que
eu queira demais te ver também. Promete para mim que nunca vai amar uma pessoa
como me amou, porque prometerei isso para você também. Infelizmente o destino
tirou você de mim, mas não posso, não posso ficar com você Daisy e nem você
comigo. Quero apenas lhe dizer que te amo, te amo como eu nunca amei e nunca
vou amar ninguém, promete que vai ficar bem, e se precisar de mim, primeiro me
perdoe por não estar ao seu lado, mas depois olhe para o céu e pense em mim,
pois também irei pensar em você.
Ass: Italo.”
Acho que somente a vovó poderia saber como eu
estava me sentindo agora. Eu estava triste pois Italo tinha acabado de escrever
que nunca mais voltaria, mas por outro lado, estava me sentindo aliviada por
ele pelo menos estar me escrevendo. Mas Italo poderia estar por ali, e
precisava vê-lo, mesmo que fosse impossível.
Peguei minha bolsa e sai do cemitério, lá fiquei
o procurando para ver se o achava, mas nada, ele não estava ali. Fiz todos os
caminhos possíveis para tentar encontra-lo, mas sem sucesso.
Estava tão cansada, que resolvo voltar pra casa,
já que já havia percebido que eu não iria vê-lo novamente.
Estava andando pela rua calma e sem nenhuma alma
para conversar, apenas eu e eu.
Quando estou olhando a paisagem vejo que havia um
homem, um garoto, do outro lado da rua, minha primeira visão é despercebida,
mas olho mais uma vez e sim, ele parecia muito ser Italo
-Italo?
Ele começa a apertar o passo e eu aperto o meu
passo do outro lado da rua
-Italo
Pergunto mais uma vez, mas nada.
Ele começa a correr da cabeça baixa, eu
desesperada corro atras dele, e por um descuido meu, acabo atravessando a rua
correndo, mas eu não tinha visto que um carro vinha vindo em alta velocidade,
só escuto “Daisy”, que alguém grita la no fundo, e a minha vida fica em câmera lenta, vou caindo gradativamente no chão e perdendo completamente minha visão,
só sinto meus olhos se fechando lentamente e não sinto mais nada e nem ninguém,
parecia que ali, era meu fim.
segunda-feira, 1 de junho de 2015
Capítulo 10
-Porque você fez isso comigo pai! Me deixe sair e
ir atras do Italo agora!
-Você não vai atras de Italo nenhum, ja disse
para ficar longe dele, você nunca mais vai vê-lo!-Meu pai disse
-Você não pode me proibir
-Você não sabe quem ele é, eu sei
-Então me diz, me diz quem ele é!
-Não- O carro para- agora entre na sua casa e
fique ai! Nã quero que você saia dai Daisy- Saio brava do carro- É para o seu
bem
-Você nunca vai saber o que é certo pra mim,
nunca!- Bato a porta do carro e entro em casa
Ja havia passado uma semana de todo aquele
acontecimento, nunca mais vi Italo na escola, nem em lugar nenhum que costumávamos ir, talvez Italo não me amasse mais.
-Olá vovó- Deixo um buquê de flores em seu
túmulo- Italo me esqueceu vovó, acho que ele nunca me amou o tanto que amei
ele, ele simplesmente me deixou, ele sumiu- Uma brisa leve passa diante de mim
fazendo meus cabelos voarem, acho que talvez seja a vovó que estaria tentando
dizer algo, tentando dizer que tudo iria ficar bem, ou ela queria apenas dizer
para mim parar de chorar porque ela estava ali e eu podia contar com ela.
As vezes que tomava chocolate quente na casa
dela, era o que eu sentia mais falta, eu vivia sozinha naquela droga de mundo
onde ninguém tinha consideração por nada que eu fazia, ninguém nem me ligava
para perguntar se estava tudo bem ou se podia fazer algo para tirar a dor e a
ferida em meu coração.
-Daisy?
Olhei repentinamente para trás
-Tia Sasha?
-Olá meu amor
-O que está fazendo aqui?
-Vim ver se estava tudo bem por aqui e acabei
encontrando você, porque choras meu amor?
-Eu não aguento mais, não aguento mais essa vida
titia, está tudo embaralhado em minha mente, não consigo explicar tudo que
estou passando, e não existe uma pessoa se quer que possa me escutar
-Daisy você é uma menina tão forte, tão linda,
tão pura, é que as vezes as coisas são complicadas mesmo
-Eu não aguento mais
-Mas tem que aguentar meu amor, você vai ver,
tudo isso vai passar
-Titia nunca passou, não vai ser agora que vai
melhorar, a unica pessoa que sabia de toda minha vida era a vovó, mas ela não
está mais aqui -Uma lágrima escorre em meus olhos
-Ela está cuidando de você, pode ter certeza
-E agora eu estou aqui, e posso ter a chance de a
qualquer momento um tiro vir em meu peito e eu acabar morrendo
-Querida- Titia me abraça- Vai ficar tudo bem
-Eu espero
-Quer que eu te leve para casa?
-Não precisa, eu vou passar na lanchonete para
tomar um chocolate quente
-Ok meu amor, qualquer coisa me chame tudo bem?
-Tudo bem- A titia beija minha testa e vai embora
Capítulo 9
Estávamos em frente ao restaurante olhando um
para o outro enquanto Italo segurava minha mão
-Você é perfeita para mim, sempre que precisar me
chame, eu sempre vou protege-la
Logo vejo um carro preto vindo muito rápido e de
repente para bem em minha direção, logo Italo tira uma arma de sua cintura e começa a atirar no carro, eu começo a gritar. Meu pai desçe do carro e pega em
meu braço, bem quando Italo vai atirar eu digo
-Para!!! Ele é meu pai!!
Italo não tem reação, ele simplesmente abaixa a
arma sem ao menos acreditar que ele era meu pai.
-Você vai comigo!- Meu pai me pega pelo braço
-Robert?-Italo diz
-Italo...-Meu pai o responde
-Eu não acredito- Italo diz olhando para nós dois
-Vocês se conhecem?-Pergunto
-Nunca mais chegue perto dela Italo-Meu pai diz
-Não você não vai me levar, me solta pai!!-Digo
-Italo!! Italo!! Me ajuda!!-Eu gritava pra ele
enquanto era empurrada para dentro do carro, Italo não fez nada, ele
simplesmente chorava, estava paralisado.
-Não pode ser-Ele dizia.
Olhei para ele de dentro do carro e disse:
-Eu te amo
E o carro foi embora.
Capítulo 8
Acordo no outro dia de manhã e vou ver se
encontro algo interessante em alguma loja por ai.
Acho que um vestido vermelho não cairia mal,
então acabo comprando um vestido longo, vermelho, com um rasgo até a coxa e mangas
curtas caidas nos ombros, justo.
Estava com as sacolas na mão, andando em direção
a minha casa, quando de repente um carro para bem em minha frente, eu grito e
tento sair correndo, mas eles me pegam e me colocam para dentro do carro, minha
visão de repente some, começo a não enxergar mais nada em minha frente.
-Daisy?-Escuto uma voz bem lá no fundo
Tento focar minha visão novamente quando vejo era
minha mãe
-Mãe?
-Filha você está bem!- Ela me abraça
-Mãe, acho que foi quase um sequestro mãe, o que
aconteceu?
-Filha era os capangas de seu pai, eles foram te
buscar
-Mas porque mãe?
-Seu pai te proibiu de ver Italo novamente
-Como assim???- Me levanto da cama- Mãe eu
preciso ver o Italo hoje mãe, olha eu tinha até comprado um vestido...
-Mas você não vai- Ela insiste em dizer
-Mãe eu tenho que ir mãe! Ele vai me esperar em
frente da minha casa mãe!
-Filha seu pai não quer mais você mantendo
contato com ele, por isso você vai permanecer aqui hoje
-Não! Vocês não podem me prender aqui! Isso é
ridiculo! O Italo não é perigoso mãe
-Filha eu tenho que descer, logo mais eu volto
-Mãe não me deixa aqui!- Saio gritando até que
ela tranca o quarto
-Mãe!!- Eu grito o nome dela enquanto choro
sentada ao chão perto da porta
Não seria possivel eles terem me trancado aqui,
isso é ridiculo, o Italo nunca mais olharia em meu rosto se eu não pudesse ir
5 horas depois minha mãe aparece no quarto
novamente, eu estava olhando meu vestido vermelho, enquanto chorava.
-Filha é melhor assim
-Não mãe não é! Vocês estão me matando! Eu não
posso mais viver vocês nunca me deixaram viver, mãe porque você fez isso?
-Filha não sou só eu, eu apenas quero o seu bem
-Isso não esta me fazendo bem mãe
Minha mãe por um momento para, e logo depois diz:
-Será que você não contaria a ninguém se eu
deixasse você ir?
-Mãe você salvaria minha vida
-Filha,apenas tome cuidado meu bem, e de maneira
nenhuma atenda seu pai ok?
-Ok mãe!- A abraço.
Coloco meu vestido vermelho, arrumo meus cabelos
e coloco meu salto alto, logo depois minha mãe me leva até a porta dos fundos e
vou a pé até em casa, logo que avisto kinha casa, Italo está lá apertando a
minha campainha e logo depois bate a cabeça na porta como se estivesse
desistido
-Italo!-Grito
-Daisy- Ele vem ao meu encontro e me abraça-
Pensei que tinha acontecido alguma coisa com você, você está bem?
-Estou sim, vamos logo
O restaurante era lindo e Italo ficou o caminho
todo dizendo o quanto eu estava linda e o quanto ele estava feliz de estar
comigo essa noite.
-Aqui é lindo-O digo
-Eu disse que era maravilhoso
-Nunca fui a um restaurante desses
-Não acredito que nenhum garoto teve a coragemde
trazer você em um restaurante
-Não, nunca fui de encontros sabe...
E como eu queria que aquela noite não acabasse
nunca, como eu queria que aqueles minutos apenas paassem e nunca mais
continuassem, que a imagem dele olhando em meus olhos fosse pelo menos mais uma
vez repetida em minha mente.
-O que você acha de dançarmos?
-Dançarmos Italo? Eu nunca dancei com ninguém
-Sempre existirá uma primeira vez para tudo em sua
vida
-Ok.
E dançar aquela musica com ele me fez sentir
desejada por alguém que eu estava completamente apaixonada, cada passo um
suspiro profundo e cada olhar um sorriso
-Como vou te dizer isso-Italo diz
-Isso o que?
-Sei que talvez você não queira nada comigo ou
simplismente ache que eu não sou o cara pra você, mas preciso dizer
-O que Italo?
-Eu estou apaixonado por você
Aquela hora eu me senti como nunca antes, ninguém
nunca me disse que sentia algo por mim, ninguém nunca sentia algo por mim,
ninguém nunca soube me amar de verdade
-Italo eu...
-Não diga nada- Ele beija minha testa- Eu te amo,
eu nunca vou te machucar e nem te fazer mal, sempre vou estar ao seu lado
-Italo eu, eu também te amo
-Meu Deus! Serio?- Rimos
-Sim é serio!
E mais uma vez ele me beija, e eu esqueci de
todos os problemas que estavam passando ou ja havia passado em minha vida,
tinha me esquecido completamente que nunca mais podeira estar vendo ele
novamente e que nunca mais iria ve-lo se alguém descobrisse o que eu estava
fazendo agora.
-Podemos ir?-Pergunto
-Claro
Capítulo 7
-Deixe-me segurar sua mochila
-Bom dia vovó-Deixo um buquê de rosas brancas-
Sinto tanto sua falta, bem que você podia voltar não é?- Italo olhava para mim
fixamente- Só vim mesmo para te dar um oi, agora vou voltar para casa viu?
Adeus vovó
Me levanto de seu túmulo e pego minha mochila
-O que acha de tomarmos um café?- Italo pergunta
-Ok.
Ele me trazia tanta paz, como nunca ninguém me
trouxe, ele me mostrou o mundo e me mostrou pessoas, me trouxe de volta a vida,
não essa vida que eu tenho, essa vida perigosa por culpa do meu pai, ele me
trouxe a vida feliz, ele me fazia rir nas horas que eu não conseguia rir, ele
trouxe paz para o meu coração, me fez acender e me tirar das cores frias do arco-iris
que chamo de vida.
-O que você vai querer beber?-Italo pergunta
-Pode ser um cappuccino
-Ok.
Saímos a pé em direção a minha casa
-Serio mesmo que gosta de cappuccino?-Ele me
pergunta
-Sim, porque?
-Eu odeio, acho que tem um gosto horrível
-Você não sabe o que é bom
-Está falando que eu não tenho gosto Daisy?
-Rimos.
Para a nossa sorte começa a chover, e começamos a
correr da chuva pisando em todas as poças da nossa frente enquanto eu ria do
jeito desajeitado do Italo correr
-Sério você correndo é muito engraçado- Disse
-Ah é?
Italo me agarra enquanto eu estava rindo dele,
logo ele e eu estávamos nos olhando um em frente ao outro foi quando
inesperadamente Italo me beija
-O que acha de ir jantar comigo amanhã?-Italo
pergunta
-Claro!
-Acho melhor você colocar um ótimo vestido pois
vou te levar em um lugar que você nunca viu
-Nossa- Sorrio, ele sorri para mim também
-Está salva e em casa
-Obrigada Italo
-Imagine, se quiser posso te acompanhar todos os
dias
-Seria possível?
-Seria possível você me beijar agora?-Italo
pergunta
-Claro- Falo sorrindo
Então Italo me beija novamente
-Boa noite, sonhe comigo
-Ah claro Italo pode deixar
E então ele vai embora na chuva
Jogo minha bolsa no sofá e vou tomar banho.
Logo que saio do banho meu telefone toca:
“
-Alô?
-Filha?
-Mãe!
-Filha você está bem?
-Estou mãe
-Filha você continua com esse garoto?
-Sim mãe, mãe o Italo não vai me fazer
mal
-Não podemos confirmar isso Daisy
-Porque mãe?Porque ele me faria mal?
-Filha ele não é o cara certo pra você
-Porque não, me diz?
-É uma longa historia
-Então me conte
-Filha você não deve estar perto dele
-Mas mãe ele não é mal, se fosse para
ele me fazer algum mal ja teria feito
-Filha não falo para o seu mal
-Mãe você e o meu pai nunca souberam o
que é melhor pra mim,eu sempre me virei sozinha e agora que eu arrumo alguém
vocês vem me dizer que ele é perigoso
-Mas ele é!
-O Italo nunca vai me machucar! Boa
noite mãe”
Acho que não tinha mais nada para explicar para
eles, eles não entendem, o Italo não é um garoto mafioso, ele é carente, ele
precisa apenas de alguém.
Capítulo 6
Acho que meu pai não tem tanta intimidade comigo
para dizer o que eu tenho que fazer ou não. Eu não acho que Italo seja algum
mafioso assim como meu pai, acho que ele não seria capaz de me machucar.
Estava sentada no meu sofá tomando minha sopa diária e assistindo uns filmes que tinha dês da época que tinha 8 anos.
Estava tudo muito entediante e eu não estava com
vontade nenhuma de assistir aqueles filmes românticos que no final o mocinho
fica com a garota, são filmes tão óbvios que chegam a ser sem graça.
No outro dia estava indo para a escola quando
percebo que havia alguém me seguindo, observo-o uma vez mas ele continuava ali,
logo duas e três vezes quando resolvo correr, esse homem corre logo atras de
mim.
Consigo chegar até a escola, estava muito
assustada, logo caio nos braços de alguém
-Italo?
-Você está bem?-Ele pergunta, não digo nada,
apenas o abraço
-Acho que sim-Acabo respondendo
-Você está assustada, está tudo bem?
-Não sei Italo, venho correndo perigo
-Como assim Daisy?
-Você não entenderia
-Porque não?
-É complicado
-Não é apenas a sua vida que é complicada-Ele
abaixa a cabeça- Mas tudo bem, se não quer falar, eu entendo
-Mesmo?
-Claro, vem, eu te levo para a aula
A aula não estava tão interessante, eu estava com
tanto medo de voltar para casa que não seria possível prestar atenção em nada a
minha volta.
Logo na saída, junto meus materiais e quando saio
na porta, Italo me esperava:
-Vou te acompanhar até em casa
-Mesmo?Não precisa se não quiser
-Mas eu quero, quero que fique segura, se algo
acontecer com você vou me sentir culpado
-Ok então Italo, vamos
(no
caminho)
-Me conte mais da sua vida Italo, só eu que
contei algumas coisas da minha, mas você nunca me disse nada da sua vida
-É que ela não é uma vida para eu me orgulhar
-Porque?
-Agora eu posso dizer que você não entenderia
-Eu entendo se não quiser me contar então
-Minha mãe morreu quando eu tinha 4 anos
-Meu Deus Italo, desculpe
-Está tudo bem, eu tento conviver com isso todos
os dias
-Eu e essa
minha boca grande
-Tudo bem Daisy, não precisa se preocupar
viu?-Ele me olha com seus olhos azuis enquanto passa a mão em meu rosto
-Ok então Italo
-Você não vai passar no túmulo se sua avó?
-Claro, antes não ia passar pois estava com medo,
mas agora você está comigo
sexta-feira, 3 de abril de 2015
Capitulo 5
-Quer entrar?
-Não obrigado, tenho que ir embora
-O que você estava fazendo na faculdade hoje?
-Eu estudo lá, vejo que você também estuda, é uma
menina linda apesar do medo das pessoas
-Você que não diz seu nome e quem tem medo sou
eu?
-Sim
-Ok
-Tenho que ir agora-Ele sorri com seus dentes
mais brancos que a neve, nunca tinha sentido meu coração arder como estava
agora, nunca tinha pulado para as cores quentes do arco-iris
-Até mais Italo
-Até mais Daisy
Olhava para a foto da vovó agora.. Ah vovó nunca
conversei com um garoto na minha vida, queria que você visse o quanto ele é
lindo e educado, sei que a senhora falaria para mim tomar cuidado, mas você
sabe que eu
“
-Alô?
-Daisy?
-Pai??
-Fica longe dele agora
-Dele quem?
-Desse garoto
-Como você sabe?
-Fica longe dele
-Mas porque?
-Porque eu disse que sim Daisy
-Não!
-Daisy você não é mais uma criança você
entende que todos podem morrer
-Você nunca me ligou e agora você me
liga pra dizer para ficar longe dele?
-É pro seu bem
-Você nunca soube o que é bom pra mim
nem pra ninguém, você é um monstro e eu não vou viver presa o resto da vida por
sua causa se você estragou a sua vida a culpa é sua, viva ela como se estivesse
em um caixão, eu quero viver, quero amar, você é um monstro você não ama
ninguém”
Desliguei o telefone antes que ele pudesse dizer
alguma coisa.
Capitulo 4
-A senhorita já pode sair, o medico a autorizou
para ir para casa
-Obrigada
Eles me dão algum tipo de papel que deveria ser
algum exame que eles tenham feito em mim, nunca fui o tipo de pessoa que sempre
fui ao hospital, meu pai nunca pode me levar ao hospital porque na verdade ele
nunca pode ser visto por ninguém. Não somente o hospital mas também em qualquer
lugar, ele nunca me levou a escola e nunca cantou pra eu dormir, ele nunca foi
as minhas apresentações de violão nem a nenhuma reunião de pais. Ninguém
conhece meus pais, muito menos meu pai. As vezes nem quero considera-lo como
pai, mas o amo muito.
Meu jantar nunca mais vai ser o mesmo sem a vovó, costumávamos comer e conversar sobre as pessoas, sobre as noticias, sobre tudo.
A vovó fazia cookies e o chocolate quente. Nunca mais vai ser igual, tenho que
colocar uma foto dela no meu mural, a maioria das pessoas que estão lá ja
morreram, por causa do meu pai.
Os rabiscos do meu caderno continuavam la no
outro dia, e mais rabiscos iam surgindo da minha mente, talvez meus colegas de
sala achassem que eu tinha algum tipo de problema, mas meu problema maior era a
solidão constante em meu peito e a dor que insistia em continuar batendo
juntamente com o meu coração.
Estava sentada embaixo da arvore do gramado da
escola quando vejo um homem me observando, ele era muito estranho e se vestia
todo de preto com capuz e óculos escuros, penso até que pode ser alguém que
depois de matar minha vó, agora queira me matar.
Não o encaro muito nos olhos para ele não
perceber que me pareço muito com o meu pai, eu sinto que sou a próxima que
corre perigo.
E do outro lado do pilastre da frente da escola
vejo o anjo que me levou ao hospital ontem. Pego meus livros tão pesados que
quase não consigo pegar e vou em direção até ele.
-Olá
-O que você faz aqui?
-Vim te fazer a mesma pergunta que te fiz ontem
-Qual seria?
-Quem é você?
-Eu não posso te di...
E de repente um tiro atinge o pilar que estava ao
meu lado, e foi por pouco que aquele tiro não me atingiu. Me jogo no chão e
grito, será aquele homem que eu tinha acabado de ver?
Aquele anjo estava me abraçando como se fosse a
missão dele me proteger de todo mal.
-Você está bem?
-Estou sim
Logo um homem vem até ele e diz:
-Temos que ir embora
-Não vou deixa-la aqui, o tiro foi para atingi-la
-Precisamos ir
-Ela vai comigo
Ele pega meu braço e me leva até um carro preto,
todo escuro, parecia que eles iriam me sequestrar, mas não, ele apenas queria
me proteger
-Mas porque ele fez aquilo James?
James era o nome do homem de grande porte que
acabara de falar com ele agora pouco logo depois do tiro
-Eu não sei, seja talvez porque queriam atirar em
você
-Mas a mira foi nela
-Ela já ouviu coisa demais
Nessas horas eu pensei que aquele tiro realmente
era pra mim, e me senti como se fosse qualquer um que morreu pelo meu pai
levando um tiro, nessas horas eu queria odiá-lo o máximo possível.
-Por favor você pode me dizer quem é?
-Não posso já te disse
-Eu não vou contar para ninguém, você precisa
dizer quem é
-Tenho que deixar vocês dois aqui, leve ela pra
casa em segurança-James destranca as portas do carro
Ele havia parado um quarteirão depois da escola,
mas eu não iria pra casa sem antes ver o tumulo da vovó.
-Onde fica sua casa?
-Eu não vou a lugar nenhum com você você esta
entendendo?Eu nem sei quem você é!
-Você precisa ir embora com segurança
-Eu sei me virar sozinha, estou viva até agora
-É mais perigoso do que você imagina
-Não não é! Eu imagino coisas bem piores do que
você imagina
Aquele momento queria alguém para me segurar,
alguém que eu pudesse confiar, não tinha ninguém, então chorei, chorei como se
todos a minha volta fossem maus e quisessem me matar e que eu agora não tinha
ninguém na minha vida, logo, esse anjo me abraça, como se ele fosse a única salvação
da minha vida naquele momento
-Eu estou com medo
-Eu sei que está
Entreguei meu coração para alguém que nem sabia o
nome.
-Preciso ir no tumulo da minha avó antes de
voltar pra casa
-Tudo bem
Ele me acompanhou até o lugar que minha vozinha
descansava, lá eu chorava em seu tumulo e contava pra ela o que tinha
acontecido hoje, ele apenas observava com os seus olhos azuis toda aquela minha
tristeza cinza.
-Quando ela morreu?
-Não faz muito tempo
-É, vejo que as flores ainda estão frescas
-Sim
-Sou Italo
-Daisy, porque não pode dizer seu nome para mim?
-Você nunca entenderia
-Eu posso entender, minha vida é mais complicada
do que você imagina Italo
-Não posso, vivo em um mundo que não posso
confiar em ninguém
-Entendo
-Não não entende
-Entendo sim
-Posso te levar para casa agora Daisy?
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