segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Capítulo 14


Minha recuperação graças a Deus foi um sucesso. Italo me acompanhava todos os dias em minhas consultas até o ultimo dia, quando ele resolve me levar para tomar um café.
-O que vai querer?- Ele pergunta
-Chocolate quente?
-Claro, dois chocolates quentes por favor
-Desde quando toma chocolate quente?
-Desde que me apaixonei por uma menina ai...
-Menina ai?
-Daisy, namora comigo?
-Mas ja não estavamos fazendo isso meu amor?
-Sim, mas eu acho que um pedido no hospital não é uma coisa muito legal né
-Entendi, claro que sim amorzinho!
Italo me beija, e foi o melhor beijo de todos, e olha que eles não são nada ruins.


-E foi assim que Italo me pediu em namoro vovó- Estavamos sentados no túmulo da minha avó com as margaridas dela
-Acho que ela ficaria feliz em saber que estamos juntos não acha?- Italo pergunta

-Claro que sim, a vovó acompanha essa história des do começo
-Eu te amo - Digo a Italo
-Vou te proteger enquanto puder
-Promete?
-Eu prometo - Ele beija minha mão - Eu te amo




                                                         Fim.
Capítulo 13


Coloco a cadeira do lado da cama, pego em sua mão ainda um pouco gelada
-Sua vó não ia gostar nada de te ver aqui sabia? Eu coloquei flores para você todos esses dias la no túmulo de sua vó, ja que você não pode fazer isso. Posso te explicar agora o porque não pude ficar com você...Seu pai é um dos devedores de meu pai, meu pai e seu pai são inimigos, foi um dos capangas de meu pai que mataram sua vó, são os capangas de meu pai que correm atras de você, nós não poderiamos ficar juntos por esse motivo, pois eles nunca iriam entender que nos amamos e que não ligamos se eles querem se matar entre si, apenas nós dois é o que importa. Não pude ficar com você por causa disso, eu entendo agora que sua vida é identica a minha, e por esse motivo também não pude ficar com você, meu pai nunca aceitaria eu estar com você e seu pai também não.Mas eu te amo Daisy, todo esse mês que você passou sem mim, na verdade você não estava sem mim, eu te acompanhei até a sua casa todos os dias e via você entrar para ver se estava segura, eu via o quanto você falava de mim enquanto chorava no túmulo de sua vó, eu vi o quanto você sentiu a minha falta e o quanto você é uma menina incrivel e isso só me machucava cada vez mais, pois sabia que eu não podia te ter só pra mim. Não culpe seu pai por isso, ele apenas quer te proteger, ele nunca fez nada disso para o seu mal, ele apenas está protegendo a filha que ele tanto ama, e que eu amo também, e mesmo que todos achem que eu estar com você é errado eu vou permanecer aqui, para sempre se for preciso, e você vai voltar, você vai voltar a sorrir para mim,vai voltar a me amar, eu sei que vai,pois o amor de sua familia por você é muito grande e o meu também é, eu te amo Daisy.
Abaixo minha cabeça para enxugar a lagrima que estava escorrendo em meus olhos quando eu escuto uma voz meio falhada dizendo:
-Ita..lo?                                               
Logo levanto a minha cabeça e era a Daisy, ela havia abrido os olhos e falado comigo
-Daisy!Você está bem, vai ficar tudo bem
-Italo onde eu estou?
-É uma longa historia, mas eu vou te contar todos os detalhes
-Tu..do bem- Sua voz falhava novamente
-Vou chamar a enfermeira
(Daisy conta a historia)
Por mais incrivel que pareça eu havia ouvido o que Italo havia me falado, foi lindo. Eu sentia minhas pernas ainda doloridas e minha voz ainda estava bem fraca e falhada. Não acredito que mesmo com tudo isso que Italo me disse ele ainda ficou do meu lado, e vai ficar.
-Daisy, você esta bem?- A efermeira pergunta, Italo estava ao lado dela
-Es..tou sim
-Sua voz ainda está falhada mas isso é completamente normal viu?Você vai ter que permanecer em repouso, mas Italo vai ficar aqui com você.
-Ok.
A enfermeira vai embora.
-Quer dizer que você já esta bem Daisy
-Sim, estou, mas tenho que continuar com esses tubos aqui
-Sim, mas eles são para o seu bem, não seja teimosa
-Tudo bem- Sorrio
-Você não sabe como eu senti falta desse seu sorriso
-Eu sei sim, você me ama
-Desde quando está acordada?
-Desde que você começou a falar que a minha vó não ia gostar de me ver assim
-Você ouviu tudo que eu disse?
-Todos os capitulos
Italo ri.
-E o que você acha de tudo isso?- Italo pergunta
-Eu te amo Italo
-Você deve estar meio dopada- Italo ri
-Não eu não estou
-Então eu devo estar surdo
-Italo você está mil vezes melhor que eu, por favor
-E você aceita que eu fique com você?
-Eu aceito que você namore comigo e que não me deixe mais
-Seu pai não iria aceitar esse tipo de coisa Daisy
-Quem disse?- Meu pai aparece
-Robert- Italo diz
-Italo eu tenho só que agradecer a você e depois dizer que não foi só a Daisy que ouviu tudo mas eu também ouvi, e quero que você faça ela feliz, apenas isso, deixe que seu pai e eu nos entendemos, nós não vamos fazer mal para nenhum de nossos filhos.
-Robert eu não sei o que dizer, fico muito grato por você deixar que Daisy e eu possamos ficar juntos.
-Nunca imaginei isso, mas ja que aconteceu, eu sei que você não vai machuca-la.

-Claro que não, nunca
-Ela ja sabia disso- Meu pai diz
Capítulo 12



(Italo conta a historia)
-Daisy!!!- Grito enquanto estava ajoelhado ao lado dela- Daisy me responde- Gritava e chorava ao mesmo tempo
Alguns minutos depois a ambulância chega e a leva para o hospital, e lá, lá na sala de espera eu fico, esperando algum resultado mas nada, fico andando de um lado para outro, mas nada, nenhum medico ou enfermeira me dizia algo se quer.
-Italo?                          
-Sim, sou eu, e a Daisy, está bem?
-Italo acho melhor você entrar no quarto onde ela se encontra.

-Não se vá..
Era as ultimas palavras que eu dizia antes de uma ultima lágrima escorrer dos meus olhos, como pude deixar fazerem isso com você me diz?Você não pode me deixar... volta pra mim Daisy...antes que não de mais tempo de te dizer, suas mãos  estão geladas.. não diga que você vai partir agora, por favor..
Era difícil segurar sua mão e não chorar Daisy, elas estavam tão frias, seu rosto parecia estar em um sono profundo, não me deixe Daisy.
-Italo, você pode vir aqui um pouco?- A enfermeira diz
-Não posso deixar ela aqui
-Italo um momento, voce precisa deixar ela se recuperar
-Tudo bem
Ela me leva para fora do quarto
-Italo Daisy vai ficar em coma
-Como assim? Não pode ser
-A pancada na sua cabeça foi muito forte, afetou alguns lugares e consequentemente isso aconteceu
-Ela pode voltar?
-Ela pode tanto voltar como morrer Italo
Começo a chorar
-Vocês não vão fazer isso! Ela vai viver você esta entendendo? Faça ela viver!- Gritava com a enfermeira enquanto chorava
-Italo vamos fazer o que puder para ela voltar
-Ela vai voltar!
-Italo se acalme
-Não tem como me acalmar, ela é minha!, ela não pode morrer você esta entendendo?
-Italo acho melhor você sair daqui
-Eu não vou a lugar nenhum! Eu vou ficar aqui!
-Tudo bem então, por favor apenas se acalme- Ela vai embora
Estava chorando sentado no chão do corredor em frente ao quarto de Daisy, logo seu pai e sua mãe chegam desesperados e perguntar a enfermeira:
-O que aconteceu?
Logo eu me ligo e levanto de la, vou junto a eles
-Ela sofreu um acidente, Daisy está em coma
Robert se vira para mim e diz:
-Você estava com ela?
-Eu chamei a ambulancia
-Italo, isso não é sua culpa não é?
-Não não é, eu nunca machucaria a Daisy
-Enfermeira Italo vai poder entrar para ver a Daisy, mas em horarios diferentes do nosso tudo bem?
-Porque isso?-Pergunto
-É melhor, agradeça que não estou lhe proibindo de ve-la
Eles entram e fecham a porta na minha cara, fico vendo ela com eles pelo vidro do lado de fora.
A visita dura pouco tempo, logo eles saem
-Ela esta bem?
-Ela vai ficar- A mãe dela diz
-Italo eu só quero que você não a machuque, se você a machucar, eu machuco você!- Robert diz
-Tudo bem
E eles acabam indo embora.


Acompanhei Daisy uma semana inteira do coma, estava lá com ela todas as noites, mas ela nem se movia, parecia que estava em um sono profundo, tão linda.
Capítulo 11

A vida por aqui era tão sem graça e voltou a ser como antes, eu procurava Italo todos os dias desse um mês aqui sozinha, mas nada, nenhum lugar ele estava, nenhum telefone ele atendia, nenhum bilhete e nenhuma carta eram deixados em minha casa. Esse um mês foi um mês como todos os outros, faculdade, túmulo da vovó, casa. Não podia ficar muito na rua, era perigoso, podia acabar sendo enterrada ao lado de minha vó por causa do meu pai.
-Daisy, você pode me ajudar com esses exercícios aqui por favor?- Uma colega de classe me pergunta
-Claro
Porque tudo era tão monótono?
Saio da faculdade e vou na floricultura comprar margaridas para colocar no túmulo da vovó, elas estavam tão lindas e cheirosas, ela iria adorar.
Chegando no túmulo de minha avó, vejo um buquê de rosas vermelhas deixado lá recentemente, pois ainda estavam frescas, juntamente com um bilhete. Fiquei muito curiosa para saber que diabos que era aquele bilhete que estava ali, então deixo minhas margaridas em cima do túmulo e pego o bilhete que dizia:
“ Daisy,
Eu sei que todos os dias você vem aqui, então, por isso, acabei deixando essa carta aqui, porque também sei que você é muito curiosa e abriria ela sem pensar duas vezes. Estou aqui te escrevendo porque sinto sua falta Daisy, sinto falta de pequenos momentos que tivemos que foram os melhores que alguém poderia ter. Quero te pedir perdão, mas não posso ficar com você, é muito perigoso Daisy, você não pode me ver, por mais que queira e por mais que eu queira demais te ver também. Promete para mim que nunca vai amar uma pessoa como me amou, porque prometerei isso para você também. Infelizmente o destino tirou você de mim, mas não posso, não posso ficar com você Daisy e nem você comigo. Quero apenas lhe dizer que te amo, te amo como eu nunca amei e nunca vou amar ninguém, promete que vai ficar bem, e se precisar de mim, primeiro me perdoe por não estar ao seu lado, mas depois olhe para o céu e pense em mim, pois também irei pensar em você.
                                                                                                               Ass: Italo.”

Acho que somente a vovó poderia saber como eu estava me sentindo agora. Eu estava triste pois Italo tinha acabado de escrever que nunca mais voltaria, mas por outro lado, estava me sentindo aliviada por ele pelo menos estar me escrevendo. Mas Italo poderia estar por ali, e precisava -lo, mesmo que fosse impossível.
Peguei minha bolsa e sai do cemitério, lá fiquei o procurando para ver se o achava, mas nada, ele não estava ali. Fiz todos os caminhos possíveis para tentar encontra-lo, mas sem sucesso.
Estava tão cansada, que resolvo voltar pra casa, já que  havia percebido que eu não iria -lo novamente.
Estava andando pela rua calma e sem nenhuma alma para conversar, apenas eu e eu.
Quando estou olhando a paisagem vejo que havia um homem, um garoto, do outro lado da rua, minha primeira visão é despercebida, mas olho mais uma vez e sim, ele parecia muito ser Italo
-Italo?
Ele começa a apertar o passo e eu aperto o meu passo do outro lado da rua
-Italo
Pergunto mais uma vez, mas nada.

Ele começa a correr da cabeça baixa, eu desesperada corro atras dele, e por um descuido meu, acabo atravessando a rua correndo, mas eu não tinha visto que um carro vinha vindo em alta velocidade, só escuto “Daisy”, que alguém grita la no fundo, e a minha vida fica em câmera lenta, vou caindo gradativamente no chão e perdendo completamente minha visão, só sinto meus olhos se fechando lentamente e não sinto mais nada e nem ninguém, parecia que ali, era meu fim.