-Não se vá..
Era as ultimas palavras que eu dizia antes de uma ultima lágrima
escorrer dos meus olhos, como pude deixar fazerem isso com você me diz?Você não
pode me deixar... volta pra mim Daisy...antes que não de mais tempo de te
dizer, suas mãos já estão geladas.. não diga que você vai partir agora, por
favor..
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A vida é um grande arco-iris, uma hora você pode
estar nas cores quentes... você pode estar ardente, como você por outra vez,
pode estar nas cores frias, frio como a neve, gelado como um defunto, sem chão,
como eu estou agora.
O mundo não fica mais o mesmo quando você perde
uma pessoa, ainda mais quando você sabe que foi por causa de outra pessoa que
você conhece. Não vovó, porque você se foi em pleno outono? As flores caem exatamente como as flores que deixo em seu tumulo agora, e os chocolates
quentes na volta da faculdade quem mais poderá fazer pra mim? E o casaco de lã
quando eu usava enquanto você lia uma historia pra mim quando tinha 8 anos?
O pior é saber que tudo isso aconteceu por causa
do meu pai, meu pai coloca todos nós em perigo, inclusive eu, que agora tão
abalada não estou conseguindo voltar pra casa embaixo dessa garoa fina de hoje,
sua Daisy aqui vovó não está conseguindo parar de chorar.
-Quer alguma coisa?
-Um chocolate quente por favor
A senhora também sabe vovó, que os chocolates
quentes aqui da lanchonete nunca vão ser iguais aos seus.
As cortinas aqui de casa estão todas empoeiradas,
preciso sacudi-las, abrir as janelas para que entre alguma luz do Sol aqui
nesse tipo de prisão que chamo de casa.
“
-Filha?
-O que?
-Você está bem?
-E eu estou com alguma voz que estou
bem mamãe?Isso tudo foi culpa dele mãe
-Ele é seu pai
-Por isso mesmo! Ele não pode parar? Eu
não posso me aproximar de ninguém mamãe, todas as pessoas que se aproximam de
mim morrem”
Não vou mais discutir isso com a minha mãe pelo
telefone, ela não pode ajudar na minha solidão, ela não pode curar meu coração
vazio, muito menos trazer as pessoas de volta.
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